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professora jessica
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PAIS MAUS
(Dr. Carlos Hecktheuer)
Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:
Eu vos amei o suficiente para lhes ter perguntado aonde iam, com quem iam e a que horas regressariam.
Eu vos amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e ter feito com que eles soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu vos amei o suficiente para lhes ter feito pagar pelos rebuçados que tiraram do
supermercado ou pelas revistas do jornaleiro e dizerem ao dono: “Nós tiramos isto ontem e queríamos pagar”.
Eu vos amei o suficiente para ter ficado em pé, junto deles, duas horas, enquanto
limpavam seus quartos, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu vos amei o suficiente para lhes deixar ver, além do amor que eu sentia por eles o desapontamento e, também, as lágrimas nos meus olhos.
Eu vos amei o suficiente para lhes deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu vos amei o suficiente para lhes dizer NÃO, quando eu sabia que eles poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
Estas, foram as mais difíceis batalhas travadas. Estou contente. Venci... Porque, no final, eles venceram também!
E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães e lhes perguntarem se os seus pais eram maus, os meus filhos vão lhes dizer:
Sim, os nossos pais eram maus. Eram os piores do mundo... As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e sorvetes ao almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão,carne, legumes e frutas. Nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que nósfazíamos com eles.
Insistiam que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.
Nossos pais insistiam sempre conosco para que lhes disséssemos sempre a verdade e simplesmente, apenas a verdade. E, quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata!
Nossos pais não deixavam os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para que os nossos pais os conhecessem.
Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelo menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aqueles chatos levantavam para saber se a festa foi boa (só para verem como estávamos ao voltar).
Por causa dos nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência.
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
Foi tudo por causa dos nossos pais!
Agora, que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como eles foram.
Acho que este é um dos males do mundo de hoje: não há tantos “maus pais” o suficiente!
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Marcadores: mensagem para reuniões, reunião de pais
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
TUDO O QUE EU REALMENTE PRECISAVA SABER, APRENDI NO JARDIM DE INFÂNCIA
Tudo que eu preciso saber sobre a vida, o que fazer e como ser eu aprendi no Jardim da Infância. A sabedoria não estava no topo da montanha de conhecimento que é a faculdade, mas sim, no alto do monte de areia do Jardim da Infância.
Essas são algumas coisas que eu aprendi:
Dividir tudo.
Ser justo.
Não machucar ninguém.
Colocar as coisas de volta no lugar de onde foram tiradas.
Arrumar a própria bagunça.
Nunca pegar o que não é seu.
Pedir desculpas sempre que machucar alguém.
Lavar as mãos antes das refeições.
Dar descarga.
Leite com bolachas fazem bem para a nossa saúde.
Viver uma vida balanceada: aprender um pouco, pensar um pouco, desenhar um pouco, pintar um pouco, cantar um pouco, dançar um pouco, brincar um pouco e trabalhar um pouco todos os dias.
Tirar uma soneca todas as tardes.
Quando sair na rua olhar: os carros, dar as mãos e ficar junto.
Lembra daquela sementinha de feijão no potinho de Danone? As raízes crescem para baixo e as folhas para cima e ninguém sabe com certeza como ou porque, mas todos nós somos exatamente como ela.
Peixinhos, passarinhos, gatinhos e cachorrinhos e até mesmo a sementinha de feijão no potinho de Danone – todos morrem – assim como nós.
E então lembre-se dos livros do Chapeuzinho Vermelho e das primeiras palavras que você aprendeu. As maiores de todas: Mamãe e Papai.
Tudo que você precisa saber está lá em algum lugar. Regras sobre a vida, o amor, saneamento básico, ecologia, política, igualdade e fraternidade. Pegue qualquer um desses termos e extrapole para sofisticadas palavras da linguagem adulta e então aplique em sua vida familiar, trabalho, governo ou mundo, e tudo continua firme e verdadeiro.
Pense em como o mundo seria melhor se todos nós – o mundo inteiro – tomássemos leite e bolachas as três horas da tarde, todas as tardes, e depois, deitássemos com nossos travesseiros no sofá da sala para uma soneca.
Ou então, se todos os governos tivessem como política básica sempre colocar as coisas de volta no lugar de onde foram tiradas e também sempre arrumar sua próprias bagunças.
E continua verdade, não importa sua idade, quando sair para o mundo: dê as mãos e fique junto.
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