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Postado por
professora jessica
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Por dentro do universo mirim
Organização detalhada dos materiais e propostas de atividades diversificadas facilitam a formação das crianças menores
Luciana Zenti (novaescola@atleitor.com.br
Na sala de Patrícia Ximenes, na Escola Municipal de Educação Infantil
Janete Clair, em São Paulo, duas crianças são escolhidas como
"ajudantes do dia". No canto da classe, uma lista com os nomes
dos ajudantes distribuídos pelos dias do mês organiza a seleção.
Quando a atividade termina, eles
Janete Clair, em São Paulo, duas crianças são escolhidas como
"ajudantes do dia". No canto da classe, uma lista com os nomes
dos ajudantes distribuídos pelos dias do mês organiza a seleção.
Quando a atividade termina, eles
ganham a incumbência de auxiliar a professora na arrumação.
Mais que essa ajuda, a iniciativa serve para desenvolver uma competência
essencial na Educação Infantil: a autonomia.
Decisões como essa fazem parte da rotina de Patrícia,
que inclui em seu planejamento todos os pequenos
detalhes que podem tornar as aulas mais produtivas.
Às segundas-feiras, ela faz a organização semanal.
No início do ano, uma reunião com a equipe de professores
produz uma diretriz dos objetivos gerais e os conteúdos a ser trabalhados.
O documento traz ainda orientações práticas, sugerindo estratégias e recursos.
Na hora de organizar o trabalho, Patrícia leva em conta os interesses
das 41 crianças, o tempo disponível e as atividades permanentes da escola.
Verifica se há material para o que pretende propor, se o tema é adequado
para a faixa etária e onde é possível colher mais informações.
Para Regina de Assis, relatora das Diretrizes Curriculares Nacionais
para Educação Infantil, é essencial estar familiarizado com
os processos de desenvolvimento da criança até 6 anos.
Para isso, é preciso usar diferentes fontes de pesquisa.
"Estar embasado numa teoria ou mais evita o trabalho de orelhada",
diz a especialista. Regina Scarpa, coordenadora pedagógica
da Educação Infantil do Colégio Nossa Senhora do Morumbi,
em São Paulo, afirma que, na elaboração de um projeto ou atividade,
é preciso lembrar que a criança tem um jeito de ser muito próprio.
"O tempo de concentração é menor e o pensamento é influenciado
por múltiplos fatores, como a vivência, a fantasia e a imaginação",
diz. Ela destaca pontos que devem ser levados em consideração:
- Diversidade de propostas e atividades que incluam a dimensão
lúdica e imaginativa do pensamento;
- Ter sempre uma intenção e um objetivo claro a ser atingido;
- E a regra de ouro: ser flexível.
Saber adaptar-se às situações imprevistas faz com que o trabalho
ganhe em qualidade. O desenvolvimento rápido das crianças,
a necessidade de estar sempre em movimento e a curiosidade
por novos temas exigem um replanejamento permanente.
"É importante que o professor de Educação Infantil converse com a turma
o tempo todo. Tudo o que a criança diz ou cala deve ser anotado",
ensina Regina de Assis. "É preciso estar sempre com as antenas ligadas."
O período de adaptação
Muitas crianças que iniciam a Educação Infantil vivem pela primeira
vez a experiência de estar por algumas horas longe da família
e da proteção que a própria casa representa. Por isso, é importante
que nos primeiros quinze dias de aula a garotada receba atenção
especial para facilitar a adaptação. Nessa hora, vale tudo: promover
brincadeiras para entrosar os colegas, fazer um passeio pelas dependências
do colégio, mostrar as salas de aula, o parquinho, o banheiro.
"Toda a rotina deve ser voltada para conhecer a criança e
promover sua socialização", ensina Regina Scarpa.
Na Nossa Senhora do Morumbi, as mães são convidadas
a permanecer na escola até que seja construído um vínculo
com o novo espaço, os adultos e os colegas.
Organização e registro Promover um trabalho em que a família
participe é essencial. Zilda Rodrigues Alves, da Escola Municipal
de Educação Infantil Vila Vintém, no Rio de Janeiro, costuma
se aproximar dos pais nos primeiros dias. Eles são chamados para
uma reunião e participam de uma entrevista individual. Durante a conversa,
Zilda preenche um questionário com informações sobre a criança.
Os dados ficam disponíveis no arquivo da escola. Todo ano
o questionário é refeito, o que ajuda a acompanhar o desenvolvimento dos pequenos.
Ter um trabalho organizado pode ajudar no sucesso da atividade.
E organização começa por planejamento. Zilda, por exemplo,
depois que define os projetos que vai trabalhar ao longo do ano,
separa uma caixinha de materiais (recortes de papel de várias
cores e tamanhos, palitos de fósforo e picolé, algodão etc) para cada etapa.
Mas nem sempre um planejamento bem feito é suficiente. Patrícia conta
que muitas vezes surgem situações imprevistas e a aula toma um rumo
totalmente inesperado. Ela só consegue propor outras atividades, no entanto,
porque anota todos os dias o que acontece. "O registro serve como
um espaço de reflexão", endossa Regina Scarpa.
Patrícia se acostumou a fazer as anotações no próprio quadro-negro.
Assim as crianças podem acompanhar as descobertas e a professora
pode copiar as informações num bloquinho no final da aula. Em casa,
ela tem ainda uma agenda, em que registra a programação semanal,
um quinzenário, que repassa para a coordenadora pedagógica,
e um caderno de registros, para anotar a avaliação das crianças.
"É bom ter as coisas marcadas para não repetir os erros", diz.
a musical, a plástica, a oral e a escrita
- faz com que a criança desenvolva uma imagem positiva de si mesma e seja mais independente
- ensina a conhecer o próprio corpo e os hábitos de cuidado com a saúde
- estabelece vínculos afetivos e de troca com adultos e outras crianças,
fortalecendo a auto-estima
- desenvolve atitudes de ajuda e colaboração, bem como
o respeito à diversidade
- estimula a expressão de emoções, pensamentos e necessidades
que inclui em seu planejamento todos os pequenos
detalhes que podem tornar as aulas mais produtivas.
Às segundas-feiras, ela faz a organização semanal.
No início do ano, uma reunião com a equipe de professores
produz uma diretriz dos objetivos gerais e os conteúdos a ser trabalhados.
O documento traz ainda orientações práticas, sugerindo estratégias e recursos.
Na hora de organizar o trabalho, Patrícia leva em conta os interesses
das 41 crianças, o tempo disponível e as atividades permanentes da escola.
Verifica se há material para o que pretende propor, se o tema é adequado
para a faixa etária e onde é possível colher mais informações.
Para Regina de Assis, relatora das Diretrizes Curriculares Nacionais
para Educação Infantil, é essencial estar familiarizado com
os processos de desenvolvimento da criança até 6 anos.
Para isso, é preciso usar diferentes fontes de pesquisa.
"Estar embasado numa teoria ou mais evita o trabalho de orelhada",
diz a especialista. Regina Scarpa, coordenadora pedagógica
da Educação Infantil do Colégio Nossa Senhora do Morumbi,
em São Paulo, afirma que, na elaboração de um projeto ou atividade,
é preciso lembrar que a criança tem um jeito de ser muito próprio.
"O tempo de concentração é menor e o pensamento é influenciado
por múltiplos fatores, como a vivência, a fantasia e a imaginação",
diz. Ela destaca pontos que devem ser levados em consideração:
- Diversidade de propostas e atividades que incluam a dimensão
lúdica e imaginativa do pensamento;
- Ter sempre uma intenção e um objetivo claro a ser atingido;
- E a regra de ouro: ser flexível.
Saber adaptar-se às situações imprevistas faz com que o trabalho
ganhe em qualidade. O desenvolvimento rápido das crianças,
a necessidade de estar sempre em movimento e a curiosidade
por novos temas exigem um replanejamento permanente.
"É importante que o professor de Educação Infantil converse com a turma
o tempo todo. Tudo o que a criança diz ou cala deve ser anotado",
ensina Regina de Assis. "É preciso estar sempre com as antenas ligadas."
O período de adaptação
Muitas crianças que iniciam a Educação Infantil vivem pela primeira
vez a experiência de estar por algumas horas longe da família
e da proteção que a própria casa representa. Por isso, é importante
que nos primeiros quinze dias de aula a garotada receba atenção
especial para facilitar a adaptação. Nessa hora, vale tudo: promover
brincadeiras para entrosar os colegas, fazer um passeio pelas dependências
do colégio, mostrar as salas de aula, o parquinho, o banheiro.
"Toda a rotina deve ser voltada para conhecer a criança e
promover sua socialização", ensina Regina Scarpa.
Na Nossa Senhora do Morumbi, as mães são convidadas
a permanecer na escola até que seja construído um vínculo
com o novo espaço, os adultos e os colegas.
Organização e registro Promover um trabalho em que a família
participe é essencial. Zilda Rodrigues Alves, da Escola Municipal
de Educação Infantil Vila Vintém, no Rio de Janeiro, costuma
se aproximar dos pais nos primeiros dias. Eles são chamados para
uma reunião e participam de uma entrevista individual. Durante a conversa,
Zilda preenche um questionário com informações sobre a criança.
Os dados ficam disponíveis no arquivo da escola. Todo ano
o questionário é refeito, o que ajuda a acompanhar o desenvolvimento dos pequenos.
Ter um trabalho organizado pode ajudar no sucesso da atividade.
E organização começa por planejamento. Zilda, por exemplo,
depois que define os projetos que vai trabalhar ao longo do ano,
separa uma caixinha de materiais (recortes de papel de várias
cores e tamanhos, palitos de fósforo e picolé, algodão etc) para cada etapa.
Mas nem sempre um planejamento bem feito é suficiente. Patrícia conta
que muitas vezes surgem situações imprevistas e a aula toma um rumo
totalmente inesperado. Ela só consegue propor outras atividades, no entanto,
porque anota todos os dias o que acontece. "O registro serve como
um espaço de reflexão", endossa Regina Scarpa.
Patrícia se acostumou a fazer as anotações no próprio quadro-negro.
Assim as crianças podem acompanhar as descobertas e a professora
pode copiar as informações num bloquinho no final da aula. Em casa,
ela tem ainda uma agenda, em que registra a programação semanal,
um quinzenário, que repassa para a coordenadora pedagógica,
e um caderno de registros, para anotar a avaliação das crianças.
"É bom ter as coisas marcadas para não repetir os erros", diz.
A Educação Infantil é importante porque
- propicia a utilização de diferentes linguagens, como a corporal, a musical, a plástica, a oral e a escrita
- faz com que a criança desenvolva uma imagem positiva de si mesma e seja mais independente
- ensina a conhecer o próprio corpo e os hábitos de cuidado com a saúde
- estabelece vínculos afetivos e de troca com adultos e outras crianças,
fortalecendo a auto-estima
- desenvolve atitudes de ajuda e colaboração, bem como
o respeito à diversidade
- estimula a expressão de emoções, pensamentos e necessidades
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